O que é picking? Guia prático para acelerar o envio no e-commerce

Saiba mais sobre o picking, a etapa que garante que cada produto certo saia do estoque no tempo certo, sem erros e sem atrasos.
Escrito por Loggi
09 de dezembro de 2025
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Funcionários executam o picking em armazém

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Informações principais do artigo:

  • O picking é o processo de separar os produtos de cada pedido, etapa que influencia diretamente a velocidade e a precisão da entrega.
  • Existem diferentes tipos de picking (discreto, por lote, por zona, por onda, by light e voice), aplicados conforme o tamanho e a complexidade do estoque.
  • Um bom sistema de picking reduz erros, acelera a expedição e melhora a experiência do cliente no e-commerce.

No e-commerce, cada minuto faz diferença. Antes mesmo do pedido ser embalado e enviado ao cliente, existe uma etapa que define a velocidade e precisão de toda a operação: o picking.

É nesse processo de separação dos produtos que a experiência do cliente realmente começa. Um picking eficiente acelera o envio, reduz erros, evita trocas e devoluções e, no fim, aumenta a satisfação do consumidor.

Por outro lado, quando essa etapa não é bem estruturada, o resultado aparece rápido: atrasos, retrabalho, custos extras e perda de competitividade.

Neste guia, você vai entender o que é picking na logística, como ele funciona no dia a dia, quais são os principais métodos usados no mercado e como implementar um processo eficiente para escalar sua operação com segurança — mesmo que o seu estoque ainda seja pequeno.

Vamos começar? 💙📦

O que é picking na logística?

O picking é o processo de separação dos produtos que compõem cada pedido. Ele acontece logo depois que a venda é confirmada e antes da etapa de embalagem (packing).

É aqui que o operador do estoque identifica, localiza e coleta cada item solicitado, e é justamente isso que garante que o pedido siga para envio com rapidez e sem erros.

No e-commerce, o picking tem impacto direto em três pontos estratégicos:

  • Tempo de entrega: um picking lento atrasa toda a operação;
  • Precisão dos pedidos: erros na separação geram trocas, devoluções e custos extras;
  • Experiência do cliente: quanto mais ágil e certeiro o picking, maior a satisfação no pós-compra.

Em operações pequenas, o picking pode até funcionar de forma intuitiva. 

Mas, conforme o volume cresce, ele se torna um dos processos que mais consome tempo e recursos dentro da logística. E, por isso, precisa de método, organização e padronização.

Diferença entre picking e packing

Apesar de andarem juntos na operação logística, picking e packing têm funções diferentes.

Picking

É o processo de localizar e separar todos os itens que fazem parte do pedido.

O foco aqui é velocidade e precisão, garantindo que o operador encontre o produto certo, no lugar certo e na quantidade correta.

Packing

Depois que os itens são separados, inicia-se o packing: etapa de embalar o pedido, conferir quantidades, proteger os produtos e preparar a caixa para o envio.

É nesse momento que entram escolhas como tipo de embalagem, preenchimento, etiqueta de envio, nota fiscal e lacre.

Resumo simples:

  • Picking = pegar os produtos;
  • Packing = embalar e finalizar o pedido para envio.

Quando esses dois processos funcionam bem, a operação ganha ritmo, reduz erros e aumenta a satisfação do cliente.

💡 Saiba mais: Gestão logística: o que é

Principais tipos de picking

O picking pode ser organizado de diferentes formas, dependendo do tamanho do estoque, do volume de pedidos e do nível de automação da operação. 

A seguir, veja os métodos mais usados e como cada um funciona na prática em um e-commerce.

1. Picking discreto (ou por pedido)

No método discreto, um operador separa um pedido por vez, coletando todos os itens até finalizá-lo.

Quando usar: estoques pequenos, baixo volume diário de pedidos, poucas variações de SKU.

Exemplo: uma loja online que vende 40 camisas por dia. O operador pega o pedido nº 321, coleta as 3 peças referentes a ele, finaliza e só então passa ao próximo.

Vantagens: baixa taxa de erro, organização simples.

Desvantagens: mais deslocamento e menor produtividade.

2. Picking por lote (batch picking)

A separação acontece por grupos de pedidos com itens iguais. O operador coleta várias unidades de um produto de uma vez só.

Quando usar: alto volume de vendas do mesmo SKU.

Exemplo: 30 pedidos no dia têm um “creme hidratante”. O operador coleta os 30 frascos de uma vez e depois distribui entre os pedidos.

Vantagens: reduz deslocamento, acelera a operação.

Desvantagens: exige organização para evitar erros na divisão posterior.

3. Picking por zona (zone picking)

O estoque é dividido em zonas, e cada operador é responsável apenas pela sua área. Os pedidos passam por todas as zonas até serem completados.

Quando usar: estoques médios e grandes, com muitos SKUs.

Exemplo: Zona A (cosméticos), Zona B (skincare), Zona C (acessórios). Cada operador adiciona à caixa apenas os itens da sua zona.

Vantagens: baixa movimentação, maior eficiência.

Desvantagens: aumento da complexidade e necessidade de sincronização.

4. Picking por onda (wave picking)

Os pedidos são separados em janelas de horário, criando “ondas” de separação para sincronizar com horários de coleta ou prazos de envio.

Quando usar: operações com horários fixos de transportadoras/coletas.

Exemplo: separar todos os pedidos que precisam sair no caminhão das 14h em uma única onda de picking.

Vantagens: organização, eficiência em grandes volumes.

Desvantagens: exige planejamento mais rígido.

5. Picking by light (separação guiada por luz)

Sistemas luminosos indicam o local exato e a quantidade de itens a serem coletados. O operador apenas confirma o processo.

Quando usar: operações de alto volume e necessidade de rapidez.

Exemplo: ao chegar na prateleira, uma luz acende indicando “pegar 5 unidades”.

Vantagens: velocidade extrema, baixíssimo erro.

Desvantagens: investimento mais alto em tecnologia.

6. Voice picking (separação por voz)

O operador recebe instruções via áudio em um headset, deixando as mãos livres.

Quando usar: operações grandes e dinâmicas.

Exemplo: o sistema orienta: “Corredor 12, prateleira C, pegar 2 unidades”.

Vantagens: produtividade alta, redução de papel e telas.

Desvantagens: exige treinamento e equipamentos específicos.

7. Bucket brigades (metodologia autoajustável)

Os operadores trabalham em fila, repassando pedidos conforme finalizam etapas. O sistema se auto balanceia conforme o ritmo de cada colaborador.

Quando usar: operações grandes que precisam de fluxo contínuo.

Exemplo: cada operador realiza parte da separação e passa o pedido adiante, como uma “linha de montagem”.

Vantagens: fluxo estável, distribuição natural de trabalho.

Desvantagens: exige espaço e processos muito bem definidos.

Conclusão

O picking é um dos processos mais importantes da operação logística e também um dos que mais impactam a experiência do cliente. 

Quando a separação é rápida, organizada e sem erros, todo o fluxo de expedição melhora: o pedido sai antes, o transporte flui melhor e o consumidor recebe exatamente o que comprou no prazo esperado.

No fim, investir em um bom processo de picking é investir em eficiência, economia e fidelização, três pilares fundamentais para qualquer e-commerce que deseja escalar com qualidade.

Perguntas Frequentes

Loggi

A equipe de redação do blog Loggi é um time dinâmico que explora os meandros da logística, e-commerce e gestão. Com habilidades diversas, cada escritor contribui para contar histórias envolventes sobre transporte, inovação e estratégias empresariais. Juntos, compartilhamos a visão da Loggi de transformar a experiência logística no Brasil.

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